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Ação Social

Pessoa em situação de rua recebe atendimento e acolhimento em Curitiba

Estima-se que o número de pessoas em situação de rua em Curitiba hoje seja próximo de 4 mil. No ano passado, somente a Central de Resgate Social da Fundação de Ação Social (FAS) realizou 3.358 atendimentos individuais. Em 2013, o Município mais que dobrou o número de vagas de acolhimento a este público, chegando a 872, entre próprias e de instituições conveniadas, com a inauguração de novos equipamentos, como a Unidade de Acolhimento Institucional (UAI) Rebouças, a UAI Plínio Tourinho e o Centro Pop Boqueirão.

Diversos fatores ocasionaram um crescimento expressivo do número de pessoas em situação de rua em Curitiba nos últimos anos. O fator de migração desta população é um dos que mais influenciam neste número. Hoje, cerca de metade da população que vive nas ruas da capital é originária de outros municípios, estados e até  países. Os principais motivos que levam uma pessoa a fazer da rua seu local de moradia são costumeiramente os mesmos: consumo de álcool ou drogas, desemprego e desavenças familiares.

O acesso ao serviço de atendimento e acolhimento se dá de maneiras diferentes: espontâneo, para quem procura os equipamentos por conta própria; via solicitação de abordagem através do Disque 156, em que qualquer cidadão pode fazer o pedido pelo Resgate Social; e por meio da busca ativa, serviço em que as equipes de atendimento social da FAS percorrem os pontos de concentração da população de rua buscando convencer os moradores a irem até os abrigos. “Existe muita resistência e negativa em ir para os abrigos, por inúmeros fatores, e por isso o trabalho de abordagem e sensibilização é fundamental nestes casos”, explica o assessor técnico da FAS, Antonio Carlos Rocha.

Segundo ele, todos os equipamentos públicos fornecem as condições para atender as necessidades básicas do morador de rua, não sendo necessário que os cidadãos doem objetos e até mesmo dinheiro diretamente às pessoas. “Esse gesto, apesar de solidário, acaba muitas vezes por reforçar o vínculo do indivíduo com a rua, afastando-o dos serviços que podem auxiliá-lo a recuperar sua autonomia e convívio social”, explica.

Operação Inverno

No ano passado, durante os dias mais frios do inverno curitibano, a FAS intensificou os trabalhos do Resgate Social através da abertura de vagas de acolhimento emergenciais em suas unidades e ampliação dos serviços. Ao todo, foram disponibilizadas cerca de 1000 vagas para atendimento emergencial.

Para garantir pleno atendimento, as equipes dos Centros de Referência Especializados de Assistência Social (CREAS) das nove regionais de Curitiba, também percorram os locais de maior concentração de moradores de rua das 19 horas até as 2 horas da madrugada.

Todo este trabalho assegurou que depois de décadas registrando casos de morte em decorrência da hipotermia, Curitiba não perdesse ninguém para o frio.