O metrô de Curitiba deverá ser muito mais do que um veículo que se move sobre trilhos, debaixo da terra, em alta velocidade e transportando um grande número de passageiros. Segundo o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), trata-se de uma obra definitiva, que vai alterar a vida dos cidadãos e modificar a dinâmica da cidade. Por isso mesmo, é preciso considerar diversos fatores, tais como sustentabilidade, iluminação, qualidade do ar, saúde e segurança.
“Os primeiros aspectos que precisamos enfatizar são saúde e conforto ambiental. Afinal, serão milhares de pessoas que passarão pelas estações do metrô diariamente”, destaca o presidente do Ippuc, Sérgio Póvoa Pires. Para tanto, cada uma das estações terá de contar com ampla ventilação para que a circulação do ar seja adequada. A iluminação também contribui para o conforto ambiental. Por isso, é preciso planejar muito bem o modelo de iluminação artificial que será implantado e, sempre que possível, deverá haver luz natural. Da mesma forma, o hall e a bilheteria de cada estação deverão ser localizados na superfície ou o mais próximo possível da superfície.
A limpeza é outro fator que gera conforto ambiental. Para facilitar a higienização e a manutenção dos espaços, é preciso planejar os tipos de materiais que serão adotados. Também pensando no conforto dos usuários do metrô, haverá banheiros dimensionados para atender o volume diário de passageiros.
No aspecto relacionado à segurança, deverão ser previstas estruturas que evitem o contato dos usuários que estiverem nas estações com a área de circulação dos trens. Também estão previstas saídas e escadas de emergência, assim como iluminação e sinalização especiais para este fim. Os itens relacionados à acessibilidade também estão sendo considerados de forma detalhada, para que pessoas de todas as idades e com quaisquer condições físicas tenham possibilidade de chegar e se locomover nas estações podendo utilizar o mobiliário e os equipamentos com conforto e segurança.
Ao lado dos aspectos técnicos, o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc),juntamente com a URBS, também trabalha na criação de terminais e estações que sejam agradáveis e inteligentes. “O metrô deve ser um lugar de encontro, com espaço para manifestações culturais. Por isso a arte e o design devem estar presentes. A linguagem visual deverá ser contemporânea e refletir a nossa identidade. E cada estação pode ter características próprias, de acordo com a região. Em resumo, o nosso metrô deve ter a cara de Curitiba”, finaliza o presidente do Ippuc, Sérgio Póvoa Pires.