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Boletim

Curitiba registra 963 novos casos e 1 novo óbito por dengue; Saúde alerta sobre cuidados para evitar criadouros do mosquito

O Painel da Dengue da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Curitiba, atualizado nesta quarta-feira (22/5), mostra que a capital paranaense registrou 963 novos casos e um novo óbito pela doença, desde o último boletim, divulgado em 15 de maio. A SMS alerta sobre a necessidade de toda a população reforçar os cuidados para evitar os criadouros do mosquito. 

O novo óbito registrado neste boletim é referente a um bebê de 9 meses, que não apresentava comorbidades, mas ainda assim teve complicações ocasionadas pela doença, que o levaram à morte, no dia 13 de maio. 

Os pais do bebê também tiverem dengue no final de abril e a mãe, que tem comorbidades, chegou a ser hospitalizada por quatro dias, mas já recebeu alta. A família é residente do distrito sanitário do Boa Vista. 

Esse é o terceiro óbito por dengue registrado em Curitiba neste ano. Os outros dois foram divulgados no boletim de 15 de maio
Um deles se refere a uma mulher, de 49 anos, sem comorbidades, que morreu em 9 de abril. A vítima, embora residente de Curitiba, contraiu a doença num município do interior do estado, tendo também recebido o tratamento e falecido neste mesmo local. Ela se recuperava da covid-19 prolongada, quando foi acometida pela dengue. 

O outro óbito refere-se também a uma mulher, de 75 anos, moradora da região do CIC, que tinha uma importante comorbidade cardiovascular. A dengue trouxe complicações para o quadro dela, levando a um infarto, que culminou em sua morte, em 29 de abril.

“A dengue é uma doença séria, que pode evoluir para a forma grave. Por isso, nosso alerta para a população é para que todos façam a sua parte e cuidem do seu quintal. Temos trabalhado incansavelmente com mutirões, mas eles não serão eficazes se não houver a contribuição de cada cidadão em cuidar do seu espaço”, alerta a secretária municipal da Saúde, Beatriz Battistella.

Balanço

Curitiba já contabiliza, ao todo, 8.625 casos de dengue em 2024. Do total, 963 são novos casos divulgados no boletim desta quarta-feira (22/5) – sendo 84 referentes a notificações da última semana e o restante referentes a casos de semanas anteriores, mas que tiveram a investigação concluída apenas agora.

O Tatuquara é o distrito sanitário mais afetado, com 1.740 casos. Na sequência estão o Cajuru (1.658), CIC (1.063), Bairro Novo (971), Boqueirão (690), Boa Vista (670), Portão (563), Matriz (491), Pinheirinho (421) e Santa Felicidade (358).  

Nesta quarta-feira (22/5), Curitiba tem 21 pacientes com confirmação de dengue, residentes do município, internados em leitos SUS, sendo 20 em leitos clínicos e um em leito de UTI. A SMS esclarece que os internamentos ocorrem diariamente, assim como as altas, com alterações dos dados ao longo do dia.

No Brasil, já são 5,1 milhões de casos prováveis de dengue em 2024 e 2.899 mortes, segundo boletim divulgado no dia 21/5. Só no Paraná, segundo o Informe Semanal da Dengue do Paraná, divulgado na terça-feira (21/5) pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), já são 393.791 casos confirmados e 324 óbitos no período sazonal 2023/2024, que teve início em julho do ano passado. 

Ações 

Em 2023, os mutirões Curitiba sem Mosquito, coordenados pela Saúde e Meio Ambiente, recolheram 348 toneladas de materiais inservíveis e entulhos nos dez Distritos Sanitários. Foram realizados 14 mutirões durante o ano. Em 2024, já foram realizados 45 mutirões e recolhidas 751 toneladas de materiais inservíveis e entulhos.

A SMS, ainda, usa outras ferramentas no combate à dengue, como drones para vistorias, instalação de armadilhas (mosquitraps), identificação laboratorial de larvas e mosquitos, delimitações de focos do mosquito com bloqueios ambientais, bloqueios epidemiológicos em áreas com casos da doença, aplicação de inseticida UBV em locais com maior infestação e elaboração de LIRAa (Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti), conforme diretriz do Ministério da Saúde. Além disso, a SMS ampliou o quadro de profissionais agentes de endemias em 23% neste ano

Fique atento 

Febre alta, com duração de dois a sete dias, pode ser um indício da doença se estiver associada a outros sintomas, como náuseas ou vômitos, manchas vermelhas no corpo, dor no corpo e articulações, dor de cabeça ou dor atrás dos olhos, mal-estar e falta de apetite. 

Como esses sintomas podem, eventualmente, ser confundidos com os de outras doenças, é fundamental buscar atendimento de saúde para fazer o diagnóstico diferencial.

Se os sintomas forem leves, a pessoa pode ligar para a Central Saúde Já – 3350-9000 para ter a orientação adequada para seu caso. Se for necessário, será indicado o atendimento presencial em Unidade de Saúde ou UPA.

A hidratação intensa é o principal tratamento para a dengue, mas é preciso atenção para o agravamento do quadro. “No quinto dia de sintomas, se houver algum sinal de alarme, como náuseas ou vômito, além da febre persistente e dor intensa de cabeça, é preciso buscar novamente um serviço de saúde”, explica o diretor do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Curitiba, Alcides de Oliveira.

Sinais de alarme

A SMS orienta plena atenção a situações que indicam agravamento da dengue. Nas situações elencadas a seguir, o paciente deve procurar uma das nove UPAs de Curitiba:

  • Dor muito forte e contínua na barriga
  • Vômitos frequentes ou com sangue
  • Diminuição repentina da febre
  • Pressão arterial baixa
  • Tontura quando muda de posição (deita/senta/levanta)
  • Pulso fraco e/ou extremidades frias
  • Suor frio
  • Sensação de desmaio
  • Agitação e/ou irritabilidade
  • Sonolência e/ou confusão mental
  • Dificuldade para respirar
  • Sangramento no nariz, gengiva, nas fezes (melena), na urina e/ou aumento do fluxo menstrual
  • Diminuição do volume da urina
  • Pontos ou manchas vermelhas ou manchas roxas espontâneas na pele

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