A Prefeitura de Curitiba e o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) seguem com estudos para dotar a cidade de novas ferramentas de suporte ao ordenamento urbano, nos campos da mobilidade e inovação, mesmo em tempo de isolamento social para a prevenção e controle do novo coronavírus.
Na sexta-feira (3/4), uma videoconferência reuniu a diretora de Informações do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), Liana Vallicelli, professores e alunos do MIT para dar sequência a trabalhos já iniciados entre o município e a instituição. Todos atuaram em home-office entre Curitiba e Boston.
“Participaram da videoconferência três professores e sete alunos, que puderam apresentar os estudos em fase inicial”, explicou Liana.
As atividades fazem parte do convênio firmado, em julho do ano passado, pelo prefeito Rafael Greca, com o laboratório Senseable City Lab (SCL), do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), que visa ao desenvolvimento de ações conjuntas, pelos próximos dois anos.
De parte do Senseable City Lab participaram da videoconferência os professores Fabio Duarte, Ricardo Álvarez e Tom Benson. E os alunos Romy El Sayah, Saeb Ali Khan, Ous Abou Ras, Viviana Wei, Xuxuan Lei, Haoming Fu e Fei Xiong.
Do Ippuc, além de Liana Vallicelli, também acompanharam a transmissão, o coordenador de Pesquisa e Sistemas de Informação do Instituto, Oscar Schmeiske, a coordenadora de Mobilidade e Transporte, Olga Prestes, a assessora financeira Ana Jayme e a coordenadora do Plano Setorial de Mudanças Climáticas, Gisele Medeiros.
Sugestões
Nas apresentações e debates, que duraram três horas, os representantes da academia e técnicos em gestão urbana também abordaram ações possíveis ante a realidade de pandemia.
Uma das sugestões apresentadas por uma estudante chinesa de pós-graduação do Senseable City Lab foi a da utilização de estações-tubo como unidades para a desinfecção e medição das condições de temperatura dos usuários. Seriam endereços que possibilitariam a amostragem da situação da saúde pública.
Outra proposta, apresentada por um estudante árabe, é a de uma ferramenta alternativa para a indução ao uso do transporte público. A sugestão é a da oferta de uma espécie de bônus para descontos em teatros, cinemas e outras áreas, a quem utilizar o transporte público. A chamada “gamificação” do sistema é uma possibilidade de atração aos jovens, por exemplo. Outros estudos vinculados à mobilidade apresentados na videoconferência abordaram sistemas de controle de criminalidade no trajeto entre parada de ônibus e a chegada em casa; a utilização do sistema de transporte para acesso a alimentos saudáveis e o uso de estações tubo e terminais para a interação com as pessoas por meio da tecnologia.
Convênio com o MIT
Para esta semana está prevista outra videoconferência na qual serão apresentados mais detalhes da Rede Integrada de Transporte de Curitiba, pela coordenadora de Mobilidade e Transporte do Ippuc, Olga Prestes.
Em setembro do ano passado foi iniciada a parte prática do convênio entre Curitiba e o MIT, em evento no Ippuc que contou com palestra do professor Ricardo Álvarez, pesquisador no SCL e doutorando do MIT em sistemas de infraestrutura urbana com Inteligência Artificial (I.A.) e a participação de técnicos da Prefeitura e professores da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Universidade Federal Tecnológica do Paraná (UTFPR), Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) e Universidade Positivo (UP).
Em 2018, o arquiteto e diretor do Senseable City Lab (SCL) do Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT), Carlo Ratti, fez palestra na abertura do Smart City Expo.
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