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Débito e crédito

Para evitar fraudes nos ônibus de Curitiba, Urbs adota medida temporária para pagamentos com cartão de débito e crédito

Urbs adota medida temporária na utilização de cartão de débito e crédito para evitar fraudes. Foto: Daniel Castellano / SMCS

A Urbanização de Curitiba (URBS) limitou temporariamente a utilização de cartões de débito e crédito no transporte coletivo para uma vez a cada hora. Anteriormente, era possível pagar até três passagens por viagem/por validador, com intervalo de 15 minutos para mais três utilizações.

A medida, preventiva, visa limitar a ação de um grupo criminoso ligado à venda irregular de passagens de ônibus com pagamento por cartões de débito e crédito virtuais, que já provocou um prejuízo de mais de R$ 1 milhão ao transporte coletivo de Curitiba, o equivalente a 200 mil passagens.

O esquema criminoso foi descoberto graças a uma ação integrada entre a Polícia Civil do Paraná (PCPR), a Urbs e a Guarda Municipal. Na última sexta-feira (2/2) foram presas oito pessoas e as investigações continuam. 

“A medida foi necessária para limitar a ação dos criminosos, que tentavam passar até três passagens na sequência utilizando cartões virtuais falsos”, diz o presidente da Urbs, Ogeny Pedro Maia Neto.

Os criminosos simulavam o pagamento da passagem por meio de celular e de um aplicativo e vendiam essas passagens aos usuários a preços mais baratos do que a tarifa (R$ 6). O usuário era abordado, o criminoso se oferecia para pagar a passagem com celular em troca de um valor menor e o passageiro passava na catraca. “Eles ficavam com o valor pago pelo cidadão e a Urbs não recebia nada por transportar o passageiro”, explicou o delegado da Polícia Civil Tiago Dantas.

O esquema, segundo a Polícia Civil, era extremamente organizado. “Eles faziam um rodízio, com turnos de atuação de manhã, tarde e no período noturno. Quando o movimento estava bom, eles vendiam a passagem a R$ 5, quando estava mais fraco, vendiam a R$ 3”, completou.

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