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Segurança pública

Criação de muralha digital é defendida durante reunião em Brasília

A criação de uma muralha digital, por meio do videomonitoramento em pontos-chave da cidade, foi um dos temas centrais apresentados pelo prefeito Rafael Greca ao presidente da República, Michel Temer, em Brasília. -Na imagem, prefeito de Maceió Rui Soares Palmeira, Rafael e prefeito de Campo Grande Marcos Trad. Brasília, 07/03/2018 Foto:Divulgação

A criação de uma muralha digital, por meio do videomonitoramento em pontos-chave da cidade, foi um dos temas centrais apresentados pelo prefeito Rafael Greca ao presidente da República, Michel Temer, em Brasília, nesta quarta-feira (7/3). 

A iniciativa integra o conceito de cidade inteligente (smart city) e pode ser implementada com recursos do governo federal, que sinalizou aos prefeitos reunidos em Brasília a possibilidade de uma linha de financiamento, via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para aquisição de itens de segurança: serão R$ 42 bilhões para a área da segurança pública até 2022, dos quais cerca de R$ 10 bilhões para os municípios.

Curitiba é convidada a participar de mobilização nacional a favor da segurança pública

“Isso é bom se nos permitir criar uma muralha digital nas cidades brasileiras", disse Greca. "Por exemplo, proteger Curitiba com a instalação de câmeras de segurança que tenham sistema de reconhecimento de placa e de face nos terminais e nas entradas da cidade”, explicou. A intenção é integrar, ainda, câmeras do setor privado com radares e lombadas eletrônicas (também dotados de reconhecimento de placas – OCR).

Além disso, o prefeito disse que Curitiba tem interesse em utilizar drones para a área da segurança, de forma similar a São Paulo, para levantamento de informações. Greca falou ainda sobre a necessidade de reforço no patrulhamento das polícias Federal e Rodoviária Federal nas estradas e fronteiras e a implantação do mapa do crime online, compartilhado com os municípios.

No encontro com Temer, o prefeito destacou a importância da preparação de operações conjuntas e da integração com instituições policiais do Estado e União, uma visão de gestão defendida por Curitiba. Nos últimos meses, ações em praças, na região central da cidade e de prevenção a crimes no transporte coletivo foram deflagradas em parceria com as polícias Civil, Militar e Rodoviária Federal.

A necessidade de análise de alteração de legislação específica para que as Guardas Municipais possam receber armas de calibre restrito, doadas por órgãos de segurança pública, foi outro ponto levantado por Greca. “E, para criar vínculo maior entre estado e município, sugerimos a participação do Poder Judiciário, Ministério Público e Tribunais de Contas, por meio de gabinetes de gestão integrada (câmaras temáticas)”, acrescentou Greca.

Defesa Social

O secretário municipal da Defesa Social e Trânsito, Guilherme Rangel, também está em Brasília, participando de reuniões em busca de recursos e parcerias com órgãos federais. Na Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), Rangel conversou com o titular da pasta, general Carlos Alberto Santos Cruz, sobre a alteração do armamento utilizado atualmente pelo efetivo da Guarda.

“É de grande interesse da Guarda Municipal de Curitiba abandonar o calibre 380 e adotar o de calibre 40, o mesmo utilizado pelas polícias civis e militares de vários estados, o que depende de alteração de um decreto presidencial”, explicou ele.

Rangel discutiu novas ações e parcerias na Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas (Senad) e a implantação de um centro de comando e controle para a Defesa Civil na Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil.

No dia 21, o secretário Rangel vai participar de nova reunião com o ministro da Segurança Pública.

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