A Prefeitura de Curitiba lançou nesta terça-feira (27) o projeto Conexão Educacional, voltado à melhoria da aprendizagem a partir da inserção, manutenção e acompanhamento das tecnologias da informação em todas as unidades de educação municipal. O programa prevê, entre outras ações, a ampliação da rede de internet sem fio, a atualização dos laboratórios de informática fixos e a aplicação de um projeto piloto – desenvolvido em parceria com o Ministério da Educação – para o uso de tablets na educação infantil.
O Conexão Educacional foi desenvolvido pela Secretaria Municipal da Educação e lançado pelo prefeito Gustavo Fruet, no auditório da Faculdade de Estudos Sociais do Paraná (Fesp), no Centro.
“É uma ação que integra e propõe a formação continuada aos profissionais da educação municipal, com mudanças inovadoras no processo de ensino e aprendizagem”, disse Gustavo Fruet.
O novo programa promove a inclusão social e avanços na qualidade do ensino na medida em que insere nas ações pedagógicas o uso adequado e planejado de instrumentos como internet, redes sociais, tabletes e lousas digitais, nas escolas de ensino regular, nas especiais, nos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) nos Faróis de Saber, bibliotecas municipais e Centros Municipais de Atendimento Especializados (CMAEs).
Com o novo programa, a Secretaria Municipal da Educação reformula e amplia ações que anteriormente eram desenvolvidas exclusivamente nas escolas. Outra inovação garantida com o programa Conexão Educacional é o incentivo ao uso de softwares livres e gratuitos, pacotes multimídias e materiais digitais, de forma gradativa e acompanhada pela formação continuada dos profissionais.
Segundo Fruet, o programa é um exemplo da capacidade criativa e de renovação da gestão. “É a possibilidade de agregarmos novas tecnologias ao ensino. Trabalharemos com fornecedores parceiros, mas também com os softwares livres, promovendo um equilíbrio na rede em prol da qualidade da educação”, disse.
Softwares livres e gratuitos garantem a mesma qualidade nas ações pedagógicas desenvolvidas nas escolas com economia de recursos públicos. A adoção dos novos softwares será um processo gradativo na rede, acompanhado de formação continuada simultânea. A reformulação e o planejamento de novos softwares acontece após ampla pesquisa e planejamento desenvolvido pelo Departamento de Tecnologias e Fusão Educacionais da Secretaria da Educação.
Para a secretária municipal da Educação, Roberlayne Borges Roballo, o sucesso da ação está na união entre a oferta da tecnologia a partir da integração e a formação continuada oferecida aos profissionais da educação. “De nada adita contar com recursos tecnológicos se não houver conhecimento e prática de como explorá-los para despertar curiosidade, desenvolvimento e habilidades nos 142 mil estudantes da rede”, disse a secretária.
Planejamento
Todos os projetos incluídos no Conexão Educacional terão ações de formação continuada. Os cursos estão em fase de implantação. O trabalho é conectado ao planejamento do professor e para que o estudante aprenda de forma mais criativa e dinâmica, unindo tecnologia disponível na escola com o currículo escolar.
Um exemplo é a Semana de Tecnologias 2013 (Sematec), que de 23 a 30 de agosto reúne 350 profissionais em ações de aprimoramento dos fundamentos e práticas sobre a tecnologia usada em sala de aula, como apoio aos processos educativos. Na Semana de Estudos Pedagógicos (SEP), em julho, foram oferecidas 105 oficinas voltadas ao uso pedagógico das tecnologias disponíveis nas unidades educacionais.
Em janeiro do próximo ano, a Prefeitura dará continuidade ao processo de formação continuada com o lançamento de um novo projeto, o EduTecnologia, que está em fase piloto e completa uma trilogia de ações voltadas ao aprimoramento profissional a partir do estímulo e da garantia de participações dos profissionais em ações de cultural, pesquisa e tecnologia.
Palestra
Diretoras e pedagogas das unidades educacionais acompanharam o lançamento do programa e participaram da palestra proferida pela especialista em tecnologias educacionais, da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, Suely Scherer. Ela afalou sobre tecnologias educacionais, visão pedagógica e seu uso pelos professores.
“Os estudantes são nativos digitais, ou seja, nasceram imersos na lógica digital. Essa lógica acaba sendo a estruturante do pensamento humano, razão pela qual escola e seus profissionais têm o dever de estarem preparados e integrados a esta cultura. Sem isso não se fará educação”, disse Suely.
A tecnologia já está presentes na rede municipal de educação, tanto na Educação Infantil quanto no Ensino Fundamental e Educação de Jovens e Adultos (EJA). Todas as escolas têm laboratórios de informática com acesso à internet. Em 80 escolas há rede sem fio de internet com uma média de 3 mil conexões diárias. A rede conta, ainda, com 20 mil computadores portáteis usados em escolas e Centros Municipais de Atendimentos Especializados (CMAEs).