O reajuste da domingueira, que passa a R$ 1,50, reduz uma defasagem de oito anos que é paga pelos próprios usuários na tarifa dos dias de semana. Ao mesmo tempo, o reajuste mantém a tarifa especial de domingo estável e até proporcionalmente menor do que era em 2005, quando foi criada. Naquele ano, a domingueira representava 55% do valor da tarifa, e, agora, passa a representar 51%. Em 2012 a domingueira fechou com 450 mil passageiros por domingo, em média.

A diferença no preço da passagem de domingo aumenta os custos do sistema e o prejuízo, de cerca de R$ 1,3 milhão por mês (com a tarifa a R$ 1,00), é rateado entre os passageiros que pagam a tarifa normal. Ou seja, o que seria um benefício nos domingos vira custo nos dias de semana. Assim, o reajuste decretado agora reduz o custo que a domingueira representa no orçamento das famílias que usam ônibus também nos outros dias da semana.

Congelada, a domingueira passou a representar, ano a ano, um prejuízo cada vez maior, reduzindo, por exemplo, o índice de passageiros pagantes equivalentes por quilômetro (IPK) que é fator determinante na definição da tarifa. Quanto maior o IPK, menor a tarifa.

No ano passado, a domingueira transportou 24,2 milhões de passageiros, mas, no rateio de custos, o cálculo levou em conta 9,3 milhões de passageiros pagantes equivalentes