Além de mais antigo, o Passeio Público é o parque mais central de Curitiba, com implantação e equipamentos em torno do verde de diversas espécies nativas e exóticas. O espaço, de destacada beleza, une tradição e modernidade, harmonicamente.
Chegou a ser conhecido como Jardim Botânico e foi também o primeiro zoológico da cidade. Desde 1982 abriga os pequenos animais que permaneceram, quando os recintos da maioria das espécies foram transferidos para o Zoológico Municipal de Curitiba, bem mais amplo.
Os portões da sua entrada principal, pela Carlos Cavalcanti, são originais e históricos, inspirados no portão do Cemitério de Cães de Paris, que é exemplo universal de amor e respeito aos animais.
No Passeio Público, carvalhos e ciprestes centenários se harmonizam às paineiras e jacarandás mimosos, abrigando sob sua copa a vivência de sabiás, tico-ticos e canários-da-terra. Também há coleirinhas, chupins, pica-paus, sanhaços, pombos, além de majestosos cisnes ou garças brancas em desfile por um dos três lagos, que é só deles.
O Passeio passou por várias transformações ao longo do tempo, como a da década de 70: com a concretagem do lago e a canalização do Rio Belém, na Rua Ivo Leão, o lago até hoje é alimentado por água de poços artesianos.
A maior intervenção depois de décadas ocorreu em 2019, com sua repaginação total. Ficou mais aberto, ganhando nova praça, mais variedade de plantas, muitas flores – e até um palco flutuante, para apresentações e espetáculos especiais, como na época do Natal.
As crianças com necessidades especiais são bem acolhidas no Passeio Público, acompanhando a visita de seus pais ou responsáveis, além de desfrutarem da paisagem, dispõem de um playground com todos os brinquedos adaptados, que podem aproveitar com segurança. Foi o primeiro a ser instalado em parques da cidade.
Olhando com atenção o visitante vai descobrir um 'caminho de colmeias de abelhas sem ferrão', formado espontaneamente, na vegetação. Em oito árvores vivem colônias das espécies jataí (7) e boca-de-sapo (1), que não atacam nem ferroam as pessoas. Cada uma delas está sinalizada com plaquinha do leitor QR Code, que leva o interessado para as informações sobre o programa Jardins de Mel, da Prefeitura, no qual foram incluídas. As colmeias naturais ficam nas proximidades de uma casinha de abelhas guaraipo, instalação tradicional do programa, que já se espalha por quase outros 60 espaços públicos, inclusive escolas. Como não representam perigo, estas e outras espécies são usadas também na educação ambiental de crianças e jovens curitibanos.
As abelhas sem ferrão não só se alimentem de néctar e pólen, como produzam mel e também polinizam a vegetação. Ou seja: em parques como o Passeio Público, os insetos estão onde gostam e são necessários para garantir a produção de novas sementes e nova plantas.
As frondosas alamedas, interrompidas por ilhas e pontes são bons espaços para a prática de caminhadas. O longo e largo deck de madeira (45 m de comprimento por 4 m de largura), entre a praça e a ilha, convida à contemplação e a reflexão sobre a natureza, numa pausa do dia a dia. A ciclovia, que corta a área, faz parte da malha que sai do bairro Jardim Botânico e leva à Barreirinha.
Não é permitido passear com animais de estimação dentro do Parque. Os cães devem ocupar a área especial para brincadeiras, sob os olhares vigilantes dos seus donos: o Playpet.
Coreto, sim, mas Digital
No seu entorno têm postes republicanos, enquanto suas luminárias internas são em estilo belle époque, mas com sistema eletrônico LED, que proporciona menor consumo de energia. Somada à adoção do LED, os portais do Passeio Público e a parte interna do parque ganharam iluminação cênica, com a implantação de projetores luminotécnicos que valorizam a arquitetura de edificações e monumentos à noite. Esta é uma das marcas de Curitiba.
A tecnologia também é aplicada a uma versão do tradicional equipamento de espaços públicos brasileiros: o coreto. Neste caso, um Coreto Digital, com programação diversificada e variável mês a mês. São exibidos, entre outros, vídeos-exposições artísticas, vídeo clips de gêneros musicais diversos (erudito, popular), de espetáculos de dança, teatro, contação de histórias - e ainda gravações de bandas locais.
Os espectadores dispõem de bancos para assistir comodamente, em uma tela curva (360º) de LED, com 25 metros lineares por 2 metros de altura, a todos estes espetáculos, apresentados, sem interrupção, das 10 às 18 horas, durante a semana.
O curitibano ou o visitante também pode ser surpreendido com o som de música erudita, como da Banda Lyra, em outra área do Passeio, em determinados dias.
Desde 2017 o Passeio funciona como sede do Departamento de Proteção e Conservação da Fauna. O prédio tem mosaicos do Grupo Mosaico Curitiba, representando motivos bem curitibanos, como a gralha azul e o pinheiro.
Do lado de fora, seu nome é referência da tradicional feirinha de orgânicos, que acontece aos sábados, das 7h às 12h, na Rua Carlos Cavalcanti. E, mais especialmente, do Cine Passeio, no formato cinema de rua e complexo cultural, instalado em 2019. Além de duas salas de cinema tradicionais, conta com espaços para exibição de conteúdos digitais (como serviços streamings) on demand e ainda em tela ao ar livre, do terraço do prédio. Também dispõe de salas de eventos (design, moda autoral, gastronomia), multiuso, de coworking, café etc. Seu endereço: Rua Riachuelo, 410. Funciona de terça a domingo das 13 às 22 horas.
O Parque Passeio Público teve a sua criação homologada pelo Decreto n.º 252/1994.
Um ponto de encontro
Criado por Alfredo EscragnolleTaunay, quando presidente da Província do Paraná, e inaugurado em 1886, o Passeio Público, o mais antigo parque de Curitiba, nasceu da drenagem de um terreno pantanoso.
A partir de sua inauguração, tornou-se o mais tradicional ponto de encontro dos curitibanos, cumprindo integralmente a sua finalidade. Em 2 de julho de 1887 na sua área foram inaugurados 8 lampiões a gasolina, mais tarde aumentados para 17, doados pelo comércio e a indústria da cidade. A 19 de dezembro de 1887, ali brilhou, pela primeira vez na noite curitibana, a lâmpada incandescente de luz elétrica, em concorrida demonstração realizada pelo alemão Schewing que, auxiliado pelo engenheiro Lazzarinni, um dos construtores da Catedral, instalou um gerador para informar a Província do mais novo prodígio da ciência moderna.
O Passeio também foi palco de fatos marcantes da vida cultural e do folclore da cidade. Em 1909, daquele ponto a intrépida e pioneira em voo, Maria Alda, subiu num balão e foi aterrissar desastradamente no telhado da Catedral Metropolitana, na Praça Tiradentes. Em 1911, na ilha no meio do lago, desde então chamada ‘da Ilusão’, o simbolista Emiliano Perneta (1866-1921) foi coroado "Príncipe dos Poetas Paranaenses".
Horário de funcionamento: Terça-feira a domingo, das 6h às 20h Telefones: (41) 3350-9940
Como chegar: Abrir no Google Maps
Voltar
Atualização: Outubro/2022
Este site utiliza cookies para melhorar a experiência de navegação e fornecer serviços personalizados aos usuários. Ao continuar a navegar neste site, você concorda com o uso de cookies. Saiba mais.